No segundo dia do 1º Congresso Internacional de Treinadores de Guarda-Redes HO Soccer, juntou-se o agradável ao útil. A teoria, à prática.
Assim, às 9:00H no IPAM, Gianluca Spinelli iniciava um longo dia de aprendizagem, com o terminus às 18:50, no FC Foz.
Gianluca Spinelli – “Guarda-Redes: análises dos erros e procura pela correcção“
Treinador de Mattia Perin no Genoa, Spinelli procurou apresentar aos congressistas presentes o trabalho desenvolvido com o guarda-redes, desde os seus 14 anos, e por cada etapa de crescimento do ainda jovem portiere.
Através do recurso ao conteúdo audiovisual, Gianluca Spinelli abordou e analisou o modelo de performance em jogo, o treino e ainda acrescentou a sua experiência com Eduardo (guarda-redes Português), descrevendo a sua passagem com a seguinte frase: “Em Itália se erras 2 ou três vezes, morres. Eduardo venceu dois derbys contra o Sampdoria e teve uma temporada muito boa.”
Maarten Arts – “Método Pro Goal”
O Holandês Maarten Arts apresentou uma das mais diversificadas opiniões e comunicações do evento e levantou várias questões e reacções de surpresa ou de resiliência ao método, diferente, apresentado.
Exemplificando através da qualidade de Michel Vorm, um produto lapidado e de qualidade que se orgulha de ter trabalhado e lançado, Arts demonstrou, também com o seu DVD da escola Pro Goal, os seus métodos para o treino técnico, tácticos, universal, total e ainda enalteceu que “o guarda-redes deve ser o seu próprio treinador.”
A sua defesa de que o guarda-redes tem mais chances de defender a bola, estando colocado em cima da linha, originou uma constante troca de ideias entre a plateia e o comunicador.
Michael Rechner – “Os requisitos e a metodologia de treino moderno do guarda-redes”
Dividindo a sua apresentação em três tópicos – “Profile, Methodology and principles” -, Michael Rechner, coordenador e treinador de guarda-redes da formação do Hoffenheim, iniciou a sua teorização por volta das 11:50H.
Recorrendo à multimédia, utilizou a técnica de Pepe Reina e René Adler para demonstrar vários aspectos da técnica e da metodologia que queria discutir e apresentar.
Para o Alemão, “um guarda-redes errar é normal” e, para tentar encurtar a chance de erro, fazendo as suas próprias análises, Rechner surpreendeu com estatística e análises aos próprios guarda-redes das escolas de base do Hoffenheim.
Campo e treino prático – Xavi Valero, Pedro Espinha, Michael Rechner e Maarten Arts – Celso, Júlio Coelho, António Filipe, Ricardo Janota e José Chastre
O painel da tarde iniciou-se às 15:00 com Xavi Valero, prelector no dia de ontem, e hoje em acção exemplificativa em campo, com exercícios focados na distribuição de jogo, recorrendo a 6 guarda-redes e 5 avançados.
Às 16:17 entrou em cena Pedro Espinha, treinador de guarda-redes dos escalões de formação da Federação Portuguesa de Futebol, que motivou mais os guarda-redes, incitando-os com exercícios de saída de bola em pontapé de baliza para um extremo (direito ou esquerdo), cruzamento, situação de finalização (com ponta de lança) e posterior contra-ataque, defesa, e repetição do processo.
17:00 e Michael Rechner mostrava como colocar em campo, aquilo que apresentou digitalmente durante a manhã. Começou por um exercício de aquecimento de treino de qualidade técnica e desenvolveu até à queda frontal, lateral e saída ao cruzamento.
No último treino prático do dia, Maarten Arts captou as atenções aos mais cépticos e aplicou os seus métodos da escola Holandesa, que havia teorizado anteriormente. Insistente, persistente, metódico e exemplificativo, exigiu o melhor da técnica de Janota, Chastre, António Filipe e Coelho, trabalhando com 4 guarda-redes, número que considera ideal para um bom treino.
Arranhando as 19:00H, o segundo dia de sucesso do 1º Congresso Internacional de Treinadores de Guarda-Redes HO Soccer terminava, com a promessa de um Domingo repleto de prática.
[Imagens @HO Soccer e congressistas.
Agradecimentos a toda a organização.]
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