destaques

As capacidades centrais do Guarda-Redes de Futebol de Praia – O Mundo dos Guarda-Redes nas Areias por Francisco Ferreira

As capacidades centrais do Guarda-Redes de Futebol de Praia – O Mundo dos Guarda-Redes nas Areias por Francisco Ferreira

5 Abril, 2016
Treino de Guarda-Redes

As capacidades centrais do Guarda-Redes de Futebol de Praia – O Mundo dos Guarda-Redes nas Areias por Francisco Ferreira

Numa altura em que algumas equipas iniciam os seus treinos com vista à época de 2016, torna-se ajustado escrever sobre o treino mais específico que se realiza com vista à preparação e ajuste das capacidades individuais à maior condicionante que existe neste desporto: a areia. Retomando o paralelismo ao futebol de onze, e a ideia de que o guarda-redes é aquele que menos corre e que menos desgaste sofre, o futebol de praia mostra precisamente o contrário. Para além da área de baliza ser até à linha lateral, o envolvimento e a crescente importância do guarda-redes na organização do processo ofensivo faz com que o desgaste físico seja muito alto e surge a primeira necessidade de treino-extra: a condição física.

Leia também: “A importância do Guarda-Redes de Futebol de Praia”

Podemos, no entanto, resumir as capacidades centrais de um bom guarda-redes de futebol de praia em três pontos: técnicas, psicológicas e físicas. Ao nível técnico tem que haver uma capacidade de reação muito maior – comparativamente ao GR de futebol de onze – associada a um cuidado especial na abordagem a qualquer bola, evitando ao máximo o ressalto da mesma na areia. Para além disso o trabalho de capacidades de reposição de bola em jogo – especialmente do lançamento – é essencial. Uma bola tensa e colocada é muitas vezes meio golo.

A nível psicológico a leitura de jogo ganha particular destaque – mais uma vez devido à importância no processo ofensivo – mas também uma capacidade de concentração muito mais apurada. A qualquer momento surge um remate inesperado que pode dar golo – a exemplo disso temos aquele que foi eleito o Melhor Golo do Mundo em 2015, de Madjer frente à Suíça – ou até num corte de um defesa contrário que pode resultar em lance de golo na nossa baliza.

A nível físico, e para além da resistência, a capacidade de explosão – isto é, a força de pernas – ganha importância pois com a areia, torna-se mais complicado ter a estabilidade necessária para efetuar a chamada para um possível voo. A reação, seja de membros inferiores ou superiores é algo fundamental e pode ser a diferença entre uma grande defesa ou um golo adversário.

Deixei de fora deste artigo a questão do jogo de pés propositadamente. O próximo artigo será inteiramente dedicado a essa temática e, claro, não podia escrever sem antes agradecer a todos aqueles que criticaram e opinaram sobre o primeiro artigo. O objetivo destes textos é, para além de informar e expor ideias, tentar discutir – no bom sentido do termo – tudo o que envolve os guarda-redes de futebol de praia, dando voz a todos aqueles que assim o desejarem, procurando assim evoluir, não individualmente, mas em conjunto. Penso que esse é o caminho.

Sobre o autor

francisco ferreira cd nacional futebol de praiaFrancisco Ferreira

– Futebol de Praia

2013: CCD Porto Mendo (Futebol de Praia)

2014: CD Nacional

2015: CD Nacional

2016: CD Nacional

 

– Palmarés
2013: Apuramento para a 2ª Fase do Campeonato Nacional
2014: 3º Lugar no Campeonato Nacional de Futebol de Praia
1º Lugar do Torneio de Futebol de Praia de Porto Santo e vencedor do Prémio de melhor Guarda-redes
2015: 2º Lugar no Torneio Internacional de Marselha