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Paulo Viola: “serei sempre treinador de guarda-redes” – De Portugal ao Azerbaijão

Paulo Viola: “serei sempre treinador de guarda-redes” – De Portugal ao Azerbaijão
9 Julho, 2015 | por Roberto Rivelino
Entrevistas

Por terras Azeris, um Português comanda os treinos de guarda-redes da selecção de Futebol de Praia do país. Paulo Fortunato Viola, é o seu nome.

Ex-guarda-redes de Algés, Charneca da Caparica, Trafaria ou Estoril, o técnico de 37 anos está desde o fim de 2013 a treinar a selecção do Azerbaijão, deixando os relvados depois de passagens pelas mesmas missões ao serviço de Trafaria, Odivelas ou sub-19 do Belenenses, mas também ao serviço da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) nas Praias entre 2003 e 2004.

O Mundo dos Guarda-Redes procurou descobrir quem é o homem pela frente das redes da selecção que recentemente disputou os Jogos Europeus de Baku com Portugal, em entrevista conduzida por Roberto Rivelino:

RR: Como surgiu a possibilidade de ir para o Azerbaijão?
PV: Foi a 13 de Dezembro de 2013. O telefone tocou, eu tinha acabado de chegar da Corunha, de uma formação de treinadores. Do outro lado da linha estava Zé Miguel [antigo seleccionador de Portugal], falá-mos uns breves minutos e ele fez-me o convite e perguntou se eu estava interessado em acompanhá-lo nesta nova aventura, já que eu conhecia bem o jogo e a modalidade em si. Respondi que sim, mas tinha assuntos a tratar com o meu antigo [Odivelas]. Temos sempre que agradecer a quem nos dá a mão.

RR: Como se adaptou à mudança do Futebol [relva] para o Futebol de Praia?
PV: No meu caso não houve uma grande mudança. Para quem nasce na Costa de Caparica, onde havia um Estádio de Futebol de Praia, era fácil praticar a modalidade todo o ano. Havia os famosos Torneios de Verão e foi num desses Torneios que dei nas vistas e apareceu o convite para ir treinar a selecção Portuguesa onde estive em 2003 e 2004. Depois estive no Estoril com o mister Sotil mais uns anos até terminar a minha carreira aos 30 anos. O joelho esquerdo não deixava [continuar], e achei por bem terminar.

RR: Quais são as principais diferenças entre a qualidade dos guarda-redes que treinou em Portugal e os que encontrou no Azerbaijão?
PV: Quanto aos guarda-redes que treinei em Portugal tive sempre a sorte e o privilégio de trabalhar com guarda-redes experientes, nos campeonatos onde estava inserido. No Azerbaijão encontrei guarda-redes com pouca experiência, mas com muita vontade de trabalhar e aprender.
Os métodos de treino agora são bem diferentes do que eles estavam habituados até então. Tudo se trabalha no Azerbaijão. Desde a parte psicológica (muito importante), às capacidades físicas, técnicas e tácticas.

RR: Qual é o balanço que faz deste primeiro ano de trabalho no país?
PV: Fazendo uma avaliação final… para os guarda-redes do Azerbaijão, 2014 foi um ano muito positivo com grande evolução a todos os níveis. Tenho a certeza que hoje em dia todos os admiradores de Futebol de Praia conhecem os guarda-redes do Azerbaijão.

RR: Quais são os seus planos para o futuro?
PV: A única coisa que é certa é que serei sempre treinador de guarda-redes. Quanto ao resto, neste mundo do Futebol, “o que hoje é certo amanhã já não o é”, mas a vida de treinador é mesmo assim. Há que seguir em frente, levantar a cabeça e trabalhar cada dia mais e melhor.


Confira um dos treinos de Paulo Viola na selecção Azeri:

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Treino de Guarda-Redes de Futebol de Praia do Azerbaijao
– Na selecção de Futebol de Praia do Azerbaijão, o treinador específico O Mundo dos Guarda-Redes Paulo Viola exercitou assim os seus guarda-redes.
Posted by O Mundo dos Guarda-Redes on Sábado, 15 de Novembro de 2014