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Vagner Silva: “Tozé Cerdeira, Vítor Silvestre e Luís Henrique Moraes foram fantásticos”

Vagner Silva: “Tozé Cerdeira, Vítor Silvestre e Luís Henrique Moraes foram fantásticos”

14 Janeiro, 2016
Entrevistas

Vagner Silva: “Tozé Cerdeira, Vítor Silvestre e Luís Henrique Moraes foram fantásticos”

Enquanto guarda-redes do Estoril, Vagner Silva trabalhou com três treinadores específicos diferentes – Luís Henrique de Moraes, Tozé Cerdeira e Vítor Silvestre – e desde Agosto encontra-se sobre os métodos de Hans Galje, ex-guarda-redes do Ajax e já com passagens pelo treino dos guardiões da seleção Belga ou Standard de Liège.

O Mundo dos Guarda-Redes quis saber como um guarda-redes da Escola Brasileira se adaptou a novas realidades no treino específico e como o jogo de Vagner Silva foi melhorado com os métodos destes intervenientes.

O Vagner Silva tem alguma metodologia predileta? Qual é a sua posição quanto ao treino de guarda-redes?

“Tenho uma mente muito aberta quanto a esse aspecto. Acho que cada um tem sempre alguma coisa a somar.”

Em 2014/2015 trabalhou com dois treinadores específicos diferentes. Apesar de já conhecer os métodos de Tozé Cerdeira de outras temporadas, começou com Vítor Silvestre.

“Sim. O Tozé Cerdeira já conhecia. É uma grande pessoa, um ex-guarda-redes que conhece bem como funciona aquela parte onde jogámos, que é muito complicada. É uma pessoa fantástica, só lhe tenho a agradecer e vivemos bons momentos no Estoril.

O Vítor Silvestre é uma pessoa que eu já conhecia de antes, porque ele já tinha trabalhado com o Guilherme Marinato, no Lokomotiv Moskva, e, apesar de não termos tido um percurso vitorioso como o de épocas passadas, ele acrescentou-me muita coisa: pela metodologia de trabalho que ele desenvolvia, em vídeos, por exemplo, e na questão do posicionamento com a bola, a partir do adversário.”

E antes ainda trabalhou com o Brasileiro Luís Henrique de Moraes.

“Sim, o Tozé Cerdeira e o Vítor Silvestre deram-me um crescimento muito grande, mas eu destacaria em toda a minha trajetória pelo Estoril o trabalho do Luís Henrique de Moraes, que foi fantástico e que acho que vivemos grandes momentos no trabalho que tivemos juntos. Acho que nos completamos e foi um percurso muito vitorioso.”

Escolas diferentes, mas todas com algo a somar, como falou.

“Exato, os três com características diferentes. Três treinadores de guarda-redes com características diferentes mas que acrescentaram muito para a minha evolução, foi fantástico ter podido trabalhar com eles.”

E qual foi a sua maior dificuldade quando chegou a Portugal?

“Sem qualquer dúvida foi a questão do posicionamento quando o adversário está com a bola. Em Portugal, ou mesmo na Europa, o jogo é muito diferente. O relvado é diferente, é muito mais curto e é regado antes dos jogos, o que faz com que o jogo fique muito mais rápido e lá no Brasil temos a mania de tapar a baliza, enquanto que na Europa o guarda-redes funciona como um líbero e isso acaba por se um pouco complicado para quem vem de outra forma de se trabalhar. Demorei algum tempo a adaptar-me a isso e por mais que se trabalhe, só se consegue adquirir essa bagagem em jogo e para mim a melhor coisa foi mesmo o jogo. Errei um pouco no começo, mas depois deu tudo certo.”

Agora trabalha com Hans Galjé.

“O Hans é adepto de uma Escola Holandesa. É um pouco diferente para mim porque somos nós que fazemos os trabalhos. Já sabia como funcionava – o treinador poucas vezes remata e fica só a orientar.

É uma pessoa com grande experiência, uma figura, e tem-me ajudado bastante e a metodologia é um pouco diferente, porque estava habituado a muitos remates e cruzamentos ou trabalho de posicionamento. Aqui é um trabalho mais calmo, mais curto – às vezes intenso e curto -, tranquilo e com a participação de todos os guarda-redes em todos os exercícios.”

 

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