A entrada no novo milénio significou a transição de Alfredo Castro de guarda-redes para treinador específico da posição no Boavista FC e o início de uma rentabilização lucrosa para o clube do Bessa – Mika Domingues é o mais recente exemplo.
Em duas temporadas de trabalho com Ricardo Pereira, Alfredo Castro desenvolveu as capacidades do Labreca e a notabilização do segundo guarda-redes mais internacional de sempre começou a ser desenhada com a primeira internacionalização a fevereiro de 2001. Demoraria apenas duas temporadas até se transferir para o Sporting CP a troco de três milhões de Euros.
Seguiu-se a sucessão do guardião campeão da Primeira Liga 2000/2001 com William Andem até à chegada de Carlos Fernandes no verão de 2004. Recrutado ao FC Felgueiras então com 25 anos, tornou-se internacional pela seleção B de Portugal e ao fim de uma temporada e meia mudou-se para o Steaua, rendendo quase três milhões de Euros.
Seguiram-se as internacionalizações de jovens como Ricardo Neves ou Hugo Ferreira e vários anos de instabilidade, com o trabalho de Alfredo Castro a passar por guarda-redes como Peter Jehle ou Khadim. Em 2010 o clube descia ao terceiro escalão e o ex-guardião não deixaria o clube. Ainda havia trabalho a mostrar e com o regresso dos Panteras Negras ao escalão máximo do Futebol Português consumou-se a contratação de Mika Domingues, que vivia dias conturbados no Atlético CP após uma saída pouco clara do SL Benfica.
Bastaram 64 jogos e duas temporadas com intervenções decisivas na luta pela permanência e Alfredo Castro transformava as horas de treino individual em milhões para os cofres do Bessa. Desta feita, o Sunderland AFC não teve mãos a medir e deixou mais de um milhão de Euros no limite do fim do mercado de verão e levou Mika Domingues para a Premier League.
Nas mãos do ex-internacional ficam Mickäel Meira e Mamadou Ba. Até nova rentabilização.
[Imagem @Paulo Correia]