Danilo Padilha foi resgatado da tragédia que envolveu a Chapecoense nesta madrugada com vida e acabou por não resistir por volta das dezassete horas, aos 31 anos. O Mundo dos Guarda-Redes recorda nas próximas linhas o guarda-redes que levou o clube à final da Copa Sul-Americana.
Formado no Cianorte, representou vários clubes da segunda cena do Brasil como Engenheiro Beltrão, Nacional, Paranavaí, Operário Ferroviário ou Arapongas até se estabilizar durante dois anos no Londrina. Contudo, a sua ascensão deu-se na Associação Chapecoense de Futebol, onde chegou em setembro de 2013 por empréstimo. Impressionou e foi contratado a título definitivo.
No clube Catarinense marcou presença em 152 jogos e conquistou o Estadual deste ano. Casou e abrilhantou a sua vida com um filho. Essa solidez familiar valeu-lhe vitalidade para representar a Chapecoense em 59 jogos desde janeiro até esta terça-feira – 31 no Brasileirão, dezanove no campeonato Catarinense, sete na Copa Sul-Americana e dois na Copa do Brasil. Seria herói no apuramento para a final da segunda competição internacional mais importante do continente e afigurava-se como um dos sobreviventes, ao lado de Jackson Follman, seu companheiro de baliza nos últimos anos. Foi resgatado por volta das sete da manhã e falou com a família uma hora depois. Informações contraditórias da Cruz Vermelha afirmaram que tinha falecido por volta das onze horas. Contudo, três horas depois a mesma instituição afirmou que a vida e um legado de quinze anos na defesa da baliza estava a ser a disputa de Danilo Padilho no San Vicente Fundación – Colômbia, onde se deu a tragédia aérea da Chapecoense, que deixou 77 pessoas sem vida. Faleceria por volta das dezassete horas de Portugal.
Terminamos com o desejo de Danilo Padilha, seguidor atento de O Mundo dos Guarda-Redes, em entrevista ao ZeroZero: “O futuro a Deus pertence. Queria cumprir o meu contrato aqui [na Chapecoense], ajudar a equipa a garantir a permanência na Série A. Esse projeto que se está a fazer aqui é muito bom. Ainda sonho jogar numa equipa grande. Se tiver a oportunidade mais para frente, vou jogar, sim.”
