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Guia e análise de antevisão dos guarda-redes do Mundial’2018

Guia e análise de antevisão dos guarda-redes do Mundial’2018

14 Junho, 2018
Sebentas das Competições

Guia e análise de antevisão dos guarda-redes do Mundial’2018

O Mundial’2018 arranca nesta quinta-feira e a diferença de qualidades entre as balizas de país para país não podiam ser mais notórias. O Mundo dos Guarda-Redes oferece-lhe o guia e antevisão dos números 1 da prova.

Com um pico da montanha da qualidade ocupado por nomes como Manuel Neuer e Marc-André Ter Stegen (Alemanha), David De Gea (Espanha), e Alisson Becker e Ederson Moraes (Brasil). Na segunda estação, descendo, encontram-se pelo caminho – e quase a chegar ao pico -, guarda-redes como Thibaut Courtois (Bélgica), Keylor Navas (Costa Rica), Hugo Lloris (França), Rui Patrício ou Beto Pimparel (Portugal), Wojciech Szczesny (Polónia), ou Yann Sommer (Suíça), até chegar ao terceiro momento, onde se encontram Jack Butland ou Jordan Pickford (Inglaterra), David Ospina (Colômbia), Lukasz Fabianski (Polónia), Fernando Muslera (Uruguai), Kasper Schmeichel (Dinamarca), até chegar aos imperadores da velocidade como Guillermo Ochoa (México), Vladimir Stojkovic (Sérvia), Mathew Ryan (Austrália), ou Igor Akinfeev (Rússia), aterrando na quarta chamada, onde nomes como Essam El-Hadary (Egipto), Willy Caballero ou Franco Armani (Argentina), Robin Olsen ou Kristoffer Nordfeldt (Suécia), Eiji Kawashima (Japão), Pedro Gallese (Peru), ou Danijel Subasic (Croácia), conotam a falta de competitividade e evolução de valores nos ditos países, que só escolhas de nações como Tunísia, Marrocos, Islândia, Nigéria, Coreia do Sul, Panamá ou Arábia Saudita fazem parecer o certame como uma diferença gradual de qualidade.

 

Grupo A

Rússia

Igor Akinfeev chega à prova como anfitrião e como senhor e dono da baliza Soviética – internacional por 106 vezes (60 golos sofridos). Escudado por guarda-redes de safra técnica menor – Vladimir Gabulov e Andrey Lunev -, o número 1 de 32 anos poderá redimir-se das prestações do Mundial’2014 ou do Europeu’2016, limitando-se ao seu raio de capacidade curto.

 

Uruguai

De comportamento oscilante, Fernando Muslera entra no Mundial’2018 com a intenção de apagar a memória das decisões tomadas em edições anteriores e estender o seu legado enquanto guarda-redes mais internacional do país Sul-Americano – 97 internacionalizações e 88 golos sofridos -, aparecendo à frente de Martín Silva – um guardião capaz em defesa de baliza -, e de Martín Campaña.

 

Egipto

Só um coração do tamanho do Mundial e a falta de alternativas mantêm Essam El-Hadary nas lides da arisca seleção Africana. Com 45 anos, o guarda-redes internacional por 158 ocasiões (89 golos sofridos), poderá fazer história como o jogador mais velho de sempre na prova-FIFA, deixando de parte a razão em ações técnicas e táticas – Sherif Ekramy e Mohamed El-Shenawy são as outras opções.

 

Arábia Saudita

Perdidos entre Abdullah Al-Mayouf, Yasser Al Mosailem e Mohammed Al-Owais, os Sauditas só contam com um guarda-redes com regularidade nas mãos e pernas – este último atuou em 24 encontros em 2017/2018 pelo Al-Ahli -, e a escolha encontra-se incógnita, especialmente após a queda de Waleed Abdullah – internacional em 51 encontros -, que marca de forma cruel a falta de capacidade do grupo de baliza.

 

Grupo B

Portugal

No epicentro do estado preocupante do Sporting CP, Rui Patrício recolhe os focos de atenção na baliza de Portugal, com a curiosidade de perceber o seu momento emocional e mental em competição. Com Beto Pimparel pronto para assumir o posto – à imagem do Mundial’2014, quando Paulo Bento protegeu o vencedor do Europeu’2016 após uma derrota forte contra a Alemanha (4-0) -, e com Anthony Lopes em terceiro plano, será um dos desafios mais interessantes de toda a prova.

 

Espanha

Assumindo o legado de Iker Casillas, David De Gea colocará os pés num relvado de um Mundial pela primeira vez, tendo já assumido a baliza no Euro’2016. Com o ímpeto de uma Premier League 2017/2018 assinalável ao serviço do Manchester United FC, deverá manter o registo numa ideia de jogo – seleção / a eliminar -, idêntica, vendo experiência em Pepe Reina e futuro em Kepa Arrizabalaga.

 

Irão

Alireza Beiranvand, Amir Abedzadeh e Mohammad Rashid chegam ao Mundial’2018 com a prestação vistosa de Alireza Haghighi na edição de 2014 em mente e inseridos no mesmo padrão: guarda-redes com pouca capacidade de resposta a decisões mais exigentes, mas cumpridores sob a linha. O primeiro deverá ser a opção para a titularidade.

 

Marrocos

Uma das balizas mais precárias da prova tem em Munir Mohand e Yassine Bounou os seus expoentes máximos – Ahmed Tagnaouti foi a terceira escolha. Guarda-redes incapazes de melhores qualidades técnicas, serão donos de momentos de compensação a nível atitudinal – sabendo e conhecendo as próprias limitações.

 

Grupo C

França

Hugo Lloris absoluto e rei do último grito, será o titular dos Gauleses que vêm nele como o salvador e detentor da pequena área em momentos de resposta a remate ou ações de menor complexão decisional. Na mesma linha, Steve Mandanda aparece como solução pelo currículo e Alphonse Aréola pela acutilância técnica.

 

Peru

Vendo em Pedro Gallese o maior valor, a baliza dos Sul-Americanas consta dos momentos negativos e diferenciadores de qualidade entre nações. Traído várias vezes pela sua baixa capacidade de decisão, poderá compensar nos momentos em que lhe são apeladas as suas valências na velocidade de execução. José Carvallo e Carlos Cáceda são as alternativas.

 

Dinamarca

Kasper Schmeichel assumiu o legado de Thomas Sorensen e segue o padrão do lendário guarda-redes. Capaz em defesa de baliza, mostra-se comprometedor na exigência do jogo e da decisão – linha seguida por Jonas Lössl e Frederik Rönnow, as outras escolhas dos Escandinavos.

 

Austrália

Mais maturo e com um jogo mais evoluído, Mathew Ryan apresenta-se quatro anos depois ao Mundial já com a carga da Premier League nas suas execuções. Poderá ser um nome de destaque, vivendo a baliza à frente de Brad Jones e Danny Vukovic – os Socceroos são dos países mais carenciados na criação de guarda-redes de nível.

 

Grupo D

Argentina

Sem Sergio Romero – por lesão, os Sul-Americanos não contarão com o valor de maior capacidade na baliza -, as escolhas recaíram sobre Willy Caballero, Franco Armani e Nahuel Guzmán, todos eles com estilos idênticos. Contudo, o primeiro mostrando-se mais capaz numa abordagem mais matura e abrangente ao jogo.

 

Croácia

Longe da qualidade técnica evidenciada na criação de jogo, a baliza do país de Leste Europeu apresenta-se com a falta de um valor de nível, assumindo Danijel Subasic o posto entre momentos de irracionalidade e abordagens de menor segurança para as pretensões de uma seleção que poderia aspirar a mais. Lovre Kalinic e Dominik Livakovic são os outros nomes.

 

Islândia

Em Hannes Halldorsson são concentradas as decisões da titularidade do país Nórdico e sem alternativas capazes de elevar o baixo nível de qualidade técnica, tática e decisional – Runar Runarsson e Frederik Schram foram os outros convocados -, a debilidade deste setor poderá aparecer como destaque na competição.

 

Nigéria

Também entre os países com uma baliza de nível precário, os Africanos suspiram por um valor capaz de requisitos mínimos desde a retirada de Vincent Enyeama. Ikechukwu Ezenwa deverá ser o número 1, aparecendo com capacidades físicas superiores para trocar as mãos pelo coração na hora de agarrar a bola – Daniel Akpeyi e Francis Uzoho foram as outras opções.

 

Grupo E

Brasil

Tite e Cláudio Taffarel deixaram bem clara a escolha para a titularidade e esta recairá sobre Alisson Becker que chega ao Mundial’2018 no topo de uma cultura e qualidade superior a Ederson Moraes nos momentos de defesa de baliza e decisão – Cássio Ramos aparece como terceira alternativa, num nível bastante inferior.

 

Suíça

Yvon Mvogo intrometido entre Yann Sommer e Roman Bürki, verá a titularidade entregue ao segundo pela superioridade técnica e mental sobre o terceiro. É uma das balizas mais interessantes nos segundos e terceiros planos qualitativos do Mundial’2018 e poderá ver Yann Sommer elevar padrões naquilo que pode ser o seu rendimento e abrangência de jogo.

 

Costa Rica

O país Centro-Americano tem em Keylor Navas a sua estrela principal e o guarda-redes do Real Madrid CF foi mesmo destaque na edição de 2014 do Mundial. Poderá repetir a façanha, mostrando-se cada vez mais ciente da sua qualidade num estilo de defesa de baliza limitado. Patrick Pemberton e Leonel Moreira são os outros escolhidos.

 

Sérvia

Continuando o seu legado pelo país, Vladimir Stojkovic deverá assumir a baliza no calor das suas emoções e decisões, partindo para a defesa em técnica apurada e na batida acelerada do coração. Guarda-redes mais internacional de sempre pela nação de Leste Europeu – 81 internacionalizações (77 golos sofridos) -, tem em Predrag Rajokvic e Marko Dmitrovic as alternativas.

 

Grupo F

Alemanha

Os Germânicos contam com a dupla mais competente e mais capaz da competição e entre Manuel Neuer e Marc-André Ter Stegen, Joachim Löw será o selecionador com menores problemas na escolha de um número 1, podendo optar por qualquer para a resposta a todos os desafios do jogo – ainda que o primeiro tenha estado quase a totalidade da temporada a contas com uma lesão. Kevin Trapp foi o outro convocado.

 

México

Se em 2014 se discutia entre a titularidade para Guillermo Ochoa, Jesús Corona ou Alfredo Talavera, a prestação do primeiro nessa edição dissipou dúvidas numa baliza que pouco difere desde esse exercício. De pitons cravados sobre a linha de golo, os guarda-redes Aztecas têm na velocidade do guarda-redes do Standard de Liège um baluarte para momentos de jogo de último grito.

 

Suécia

Num registo de capacidades menores quando comparadas com as seleções Europeias, a baliza do país Escandinavo deverá ceder a titularidade a Robin Olsen, responsável pela chegada à prova. De estilos idênticos – Kristoffer Nordfeldt e o guarda-redes do FC Copenhaga -, encontra-se em Karl-Johan Johnsson a maior diferença, num nível de qualidade técnica e execucional superior – ainda que entre para a prova como, à partida, terceira solução.

 

Coreia do Sul

Longe do que Lee Woon-Jae foi capaz na edição de 2002, os Sul-Coreanos terão em Kim Seung-Gyu, Kim Jin-Hyeon e Cho Hyun-Woo guarda-redes da mesma linha: defensivos e intuitivos e sem grandes argumentos para o que é o Futebol da atualidade.

Grupo G

Bélgica

Distante do que pode ser enquanto guarda-redes total, Thibaut Courtois procura no Mundial’2018 a razão de fuga do ambiente pesado da Premier League. Com capacidades para ser completo em todos os contextos de jogo, esta competição pode provocar-lhe estímulos que atestem a sua qualidade – Simon Mignolet e Koen Casteels são alternativas com técnica válida.

 

Inglaterra

Parados no tempo, os Britânicos desesperam por um guarda-redes top-galore há décadas e, numa convocatória sem Joe Hart – guardião de qualidade superior aos escolhidos, mas sem nível decisional e mental para o desafio -, encontram-se Jack Butland, Jordan Pickford e Nick Pope, numa linha precária e tão ligada ao passado do Futebol.

Será interessante testemunhar a performance de qualquer um que seja eleito número 1, nomeadamente em contextos de maior complexão.

 

Tunísia

Mouez Hassen poderá aparecer no Mundial’2018 como um nome em evolução interessante, após esvaziar o balão de pressão em que se encontrava desde a revelação no OGC Nice. Deverá ser o número 1 dos Africanos face a um 2017/2018 apagado de Aymen Balbouli – internacional por 71 ocasiões (37 golos sofridos) -, e com Farouk Ben Mustapha na agenda como terceiro.

 

Panamá

Uma das balizas mais carenciadas da prova encontra em Jaime Penedo o seu nome mais sólido desde uma Gold Cup’2005 com prestações vistosas – é assim que conota as suas execuções. Respaldado por José Calderón e Alex Rodríguez, contabiliza 130 internacionalizações que podem assumir experiência necessária para a ausência de capacidade de decisão em vários contextos de jogo.

 

Grupo H

Polónia

Wojciech Szczesny poderá assumir-se como um dos nomes de gabarito das balizas internacionais e deverá utilizar o Mundial’2018 como trampolim após um 2017/2018 positivo ao serviço do Juventus FC. Destaque no Europeu’2016, Lukasz Fabianski é um valor de qualidade para também assumir a baliza dos Polacos, enquanto Bartosz Bialkowski aparece como terceira escolha.

 

Colômbia

David Ospina entra na edição 2018 do Mundial com a responsabilidade de equilíbrio de uma equipa sempre voraz nas incursões ofensivas. Mais perto do que pode render após uma temporada desafiante na baliza do Arsenal FC, poderá ser destaque se se focar no que é capaz. Camilo Vargas e José Cuadrado foram os outros convocados.

 

Senegal

Com titularidade incógnita até ao dia de jogo – Khadim N’Diaye e Abdoulaye Diallo disputaram dois e um amigável na preparação -, a baliza dos Africanos vê em Alfred Gomis – uma internacionalização apenas -, o mais capaz do trio, podendo ser um guarda-redes de espetáculo visual e com poucos argumentos a nível de decisão.

 

Japão

Eiji Kawashima será titular dos Nipónicos pelo terceiro Mundial consecutivo, algo que atesta a pouca capacidade em encontrar um valor de qualidade nas fileiras do país – Masaaki Higashiguchi e Kosuke Nakamura foram os outros convocados. Capaz de dar resposta a desafios menores, é um guarda-redes com poucos argumentos técnicos e decisionais.

 

Siga tudo sobre o Mundial’2018 sobre os guarda-redes num acompanhamento único de O Mundo dos Guarda-Redes.