Em reportagem do jornalista Carlos Rias, ao longo de três páginas, o foco central do jornal A Bola é dirigido para as balizas Portuguesas, com os testemunhos de Joaquim Carvalho e José Henrique (Zé Gato).
Preocupados com o futuro dos guarda-redes Portugueses, os lendários guarda-redes – Joaquim Carvalho notabilizado pelo Sporting e Zé Gato pelo Benfica -, identificaram vários problemas. O Mundo dos Guarda-Redes passa a citar algumas das citações-chave:
José Henrique – “O treinador tem de ensinar a conhecer a trajetória da bola, o tempo de saída da baliza, o vento… Tem de ensinar a ler o jogo, a comandar a defesa e a falar com ela. Quem passa por isso está mais habilitado a treinar guarda-redes.”
– “Eu e o [Manuel Galrinho] Bento tínhamos à volta de 1,74 metros, o [Vítor] Damas era um pouco mais alto e, se calhar, com essa altura, hoje não jogávamos. Agora é tudo 1,90 ou 1,95 metros. São muito bons lá em cima, depois cá em baixo… levam mais tempo a cair. No nosso tempo tínhamos a altura que tínhamos e fomos aquilo que fomos, porque é que agora não se pode dar oportunidade a guarda-redes com 1,75 metros?! (…) O essencial é o saber trabalhar, saber estar na baliza, ser intuitivo… o principal no guarda-redes Português é a elasticidade e o não ter medo.”
– “Para ser guarda-redes ou se tem intuição e gosto ou não se vai a lado nenhum.”
Joaquim Carvalho – “Se põem estrangeiros na baliza e não dão oportunidades aos nossos, claro que eles não aparecem. O Sporting joga quase só com Portugueses e na baliza está o Rui [Patrício]. Mas há muitos, temos é de puxá-los para cima.”