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Miguel Batista contou drama dos incêndios em Tondela: “Pressão no futebol? Pressão é salvar o trabalho de uma vida”

Miguel Batista contou drama dos incêndios em Tondela: “Pressão no futebol? Pressão é salvar o trabalho de uma vida”

17 Novembro, 2017
Atualidade

Miguel Batista contou drama dos incêndios em Tondela: “Pressão no futebol? Pressão é salvar o trabalho de uma vida”

O dia quinze de outubro de 2017 ficou marcado na história de Portugal como o pior de sempre em números de incêndios e perdas devido aos fogos. Tondela foi assolada por inúmeros incêndios e Miguel Batista, guarda-redes que o CD Tondela emprestou à AD Nogueirense, encontrou-se entre aqueles que teve de se salvar. Em entrevista ao MaisFutebol, relativizou a sua profissão com uma frase marcante e falou sobre o drama:

“Às vezes fala-se de pressão no Futebol. Pressão é lutar para salvar o trabalho de toda uma vida. Arderam sete carros da minha família, mas isso é um mal menor. Felizmente, essas foram as maiores perdas. Parte da fachada da casa ficou chamuscada, mas graças aos meus vizinhos, que ficaram a ajudar porque eram os únicos que tinham água da companhia, a casa não ardeu”, contou o guardião de 22 anos que, depois de colocar mãe, dois irmãos e ainda primas suas a salvo, correu para a sua casa para ajudar o seu pai, contando com a ajuda de Cláudio Ramos – atual número 1 do clube Tondelense -, através de uma ideia altruísta: “Aquilo estava um caos e eu disse à minha mãe que ia a casa do Cláudio Ramos, que mora ali perto e que é muito meu amigo, e voltei para casa a correr para ir tentar ajudar o meu pai [a mãe de Miguel Batista tinha-lhe tirado as chaves do carro, para o proteger de uma possível tragédia]. Pedi ao Cláudio Ramos para dizer à minha mãe que eu estava com ele caso ela lhe ligasse e avisei que as estradas estavam todas cortadas, para ninguém tentar sair do centro de Tondela, que era o local mais seguro para estarem.”