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Mundial’2002: Quim e Ricardo Pereira na qualificação, Vítor Baía numa fase final atípica

Mundial’2002: Quim e Ricardo Pereira na qualificação, Vítor Baía numa fase final atípica

12 Junho, 2018
Memória Mundial

Mundial’2002: Quim e Ricardo Pereira na qualificação, Vítor Baía numa fase final atípica

A edição 2002 do Mundial para Portugal foi repleta de oscilações emocionais e na baliza não foi diferente. Quim e Ricardo Pereira haviam dividido a baliza na qualificação para prova – cinco jogos cada -, e quem assumiu a titularidade foi Vítor Baía, com o selecionador António Oliveira.

Sem qualquer derrota registada na fase de qualificação, o técnico Luso deu a baliza a Quim (então no SC Braga), e a Ricardo Pereira (Boavista FC), em igual número de jogos. Se em cinco encontros o primeiro sofreu quatro golos, o segundo sofreu três e encaminhava-se para ser o número 1 de Portugal na edição Coreia-Japão após se ter sagrado campeão pela equipa do Bessa, em 2000/2001. Contudo, a opção recaiu sobre Vítor Baía que começou a temporada 2001/2002 na jornada quinze, após travar contas com uma lesão grave num joelho.

Sem Quim nas escolhas para a fase final da prova – acusou positivo no controlo de doping -, António Oliveira escolheu Nélson Pereira (Sporting CP), e entregou a baliza a Vítor Baía nos três jogos disputados pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), no continente Asiático, registando quatro golos sofridos em duas derrotas – Estados Unidos (3-2), e Coreia do Sul (1-0) -, e uma vitória – Polónia (4-0).

Na retina, uma intervenção tardia ao auto-golo afortunado de Jorge Costa no desaire com os Norte-Americanos, a oposição com fulgor a Emmanuel Olisadebe frente aos Polacos e três saídas arrojadas a negar Ji-Sung Park – autor de um golo em que surpreendeu o número 1 -, Lee Chun-Soo e Lee Young-Pyo frente aos anfitriões, deixaram algumas das últimas imagens de Vítor Baía com a camisola de Portugal.

Guarda-redes mais internacional de sempre com a equipa das Quinas, Vítor Baía seria internacional pela 80ª vez frente à Inglaterra (1-1), a sete de setembro de 2002 – o único jogo disputado pelo histórico guardião no pós-Mundial’2002. A sua carreira terminaria cinco anos depois, ao serviço do FC Porto.