Na primeira meia-final da Liga Europeia, estiveram pela frente os campeões nacionais portugueses e espanhóis, Benfica e Barcelona respetivamente. Jogo em que também estiveram pela frente quatro, sendo que apenas três foram utilizados, dos melhores guarda-redes do mundo, falamos obviamente de Guillem Trabal, Pedro Henriques, Aitor Egurrola e Sergi Fernandez.
Com a junção destes dois fatores, não é de estranhar que fosse difícil, a qualquer uma das equipas, conseguir marcar um golo e isso viu-se pelo resultado no final do tempo regulamentar mais o prolongamento 1-1.
Na equipa portuguesa, o titular foi o experiente Guillem Trabal. Tendo sido muito importante para impedir o Barcelona abrir o marcador logo nos primeiros minutos da partida, onde os espanhóis imprimiram um grande ritmo na partida, dificultando as marcações aos jogadores encarnados.
Apesar de, com o passar do tempo, o Benfica ter conseguido acertar com as marcações, o Barcelona não deixou de criar perigo e ainda por várias vezes assustou Traball que, muito atento impediu o golo catalão até ao intervalo.
O segundo tempo, começou com um teste de defesas de meia distância para o guarda-redes do Benfica que respondeu sempre bem, continuando assim a evitar o golo espanhol. Contudo, com oito minutos da segunda metade da partida, surgiu a 10ª falta do Benfica, onde Trabal nada pode fazer perante uma bela finalização de Pablo Alvarez.
O Barcelona a ganhar por 1-0, começou a optar por aproveitar melhor o seu tempo de ataque, não criando grande perigo junto da baliza benfiquista. Todavia, sempre que chegava junto da mesma, o lance era sempre muito perigoso e Traball, mais do que uma vez em lances em que estava sozinho, teve que se aplicar para manter o Benfica no jogo.
Com o Benfica a fazer o 1-1, com golo de Torra, o jogo foi para prolongamento e aí o Benfica ainda apanhou um enorme susto, Pablo Alvarez isolado perante Traball, não conseguiu bater o gigante espanhol que, com uma grande estirada, manteve o Benfica ligado ao sonho.
Chegado o final do prolongamento, o jogo passou para a última fase de desempate, as grandes penalidades. Nessa altura, como seria de se esperar, Pedro Nunes trocou de guarda-redes, chamando Pedro Henriques, herói da meia-final no Dragão-Caixa com o Barcelona três anos antes, para ir defender as grandes penalidades e mais uma fez voltou a ser herói ao impedir Barroso, Pascual, Costa e Ordoñez de marcar, levando o Benfica a mais uma final da Liga Europeia.
Na equipa do Barcelona, como se seria de esperar, o titular foi o experiente Aitor Egurrola que, apesar de no início do jogo não ter trabalho nenhum, a partir dos cinco minutos de jogo teve de se começar a aplicar. Fosse para defender seticadas de meia distancia que sofressem desvios ao pé da sua baliza ou até mesmo bolas isoladas, que pareciam impossíveis, com as caneleiras. Com o Benfica sem conseguir ter oportunidades muito claras até ao intervalo, estes dois lances acabaram por ser os mais importantes da primeira parte onde Egurrola esteve igual a si próprio e evitou o golo do Benfica.
O segundo tempo já foi diferente, se antes tinha sido o Barcelona a entrar melhor, desta feita foi o Benfica a começar melhor e com seticadas de meia distancia ou bolas enrolas de zonas com pouca visibilidade, situações em que Egurrola com maior ou menor dificuldade, evitou o golo encarnado.
Pouco depois do primeiro golo do jogo marcado por Pablo Alvarez, surgiu o lance da 10ª falta do Barcelona que Nicolia desperdiçou ao tentar fazer uma picadinha, mas de realçar também o posicionamento e movimentação do guarda-redes espanhol que dificultou a marcação ao astro argentino.
O Benfica em desvantagem, obrigou Egurrola a trabalhos reforçados, mas apesar das muitas defesas, nada pode fazer no penalti macardo porTorra que deu o empate ao Benfica. Logo a seguir, foi decisivo ao impedir Nicolia de marcar outro livre direto, correspondente á 15ª falta do Barcelona, situação em que primeiro, defendeu a seticada direta do argentino e de seguida a recarga.
Final do jogo e tudo continuava empatado, por isso passava-se para o prolongamento, altura do jogo em que, por apenas uma vez foi chamado ao trabalho para defender um desvio de Diogo Rafael a uma seticada de Valter Neves.
Nas grandes penalidades, Egurrola ainda conseguiu parar as bolas de João Rodrigues e Nicolia, que acabaram por não ser suficientes para a sua equipa seguir em frente.
Sobre o autor
Está a terminar o seu curso de Técnico de Comunicação na Escola Profissional Gustave Eiffel-Amadora Centro. No entanto, fora do âmbito escolar, já foi narrador do canal online W Sports e hoje em dia, colabora com o Jornal da Região, o site Sodesportotv e mais recentemente em O Mundo dos Guarda-Redes, fazendo artigos sobre a sua modalidade de eleição, o Hóquei em Patins.
[Imagem @Marzla Cattini @CERH]