Vagner Silva está há cinco meses na Bélgica, ao serviço do Mouscron, naquela que é a sua primeira experiência fora de um país da Lusofonia. Já titular em catorze encontros no décimo quarto classificado da Jupiler League 2015/2016, falou a O Mundo dos Guarda-Redes das dificuldades na adaptação à Bélgica e dos elogios que tem recebido dentro e fora do clube.
Qual tem sido a sua maior dificuldade nesta fase de adaptação à Bélgica?
“A principal dificuldade é a língua. Impõe-se essa dificuldade até porque sou alguém muito comunicativo e acaba por atrapalhar um pouco, nada que não se consiga resolver dentro de campo, mas já estou a estudar para conseguir resolver isso o quanto antes.”
Esse fator tem dificultado as suas ações em campo?
“Não, não tem atrapalhado nada com o setor defensivo. Com os defesas é fácil, mas como eu vejo o jogo e consigo observar tudo e gosto de comunicar com a equipa toda às vezes a comunicação acaba por ser errada com os avançados quando vêm defender na nossa baliza – num canto, por exemplo. Mas com os defesas é tudo tranquilo, as coisas básicas já consigo falar e as dificuldades iniciais já foram ultrapassadas.”
Está nomeado para o prémio de melhor jogador do mês do clube, mas em termos coletivos estão numa fase negativa.
“É verdade, estamos com três derrotas consecutivas, mas em termos pessoais tem sido muito bom, tenho feito grandes jogos e é uma pena não estarmos um pouco melhor na classificação. Mas se voltarmos atrás, desde o começo quando eu cheguei e a equipa estava em último lugar com apenas dois pontos, acho que tivemos uma grande evolução e para ser nomeado melhor do mês pelo clube é uma grande honra, bem como ter sido o melhor da jornada no campeonato há um tempo atrás. Tem sido muito bom este começo de reconhecimento aqui na Bélgica.”
Foi bem recebido fora do clube? Como tem sido a perceção dos seus jogos pela Imprensa ou adeptos?
“A Imprensa começou a olhar para mim com outros olhos quando me lesionei num adutor e fiquei mais de um mês a jogar com a perna esquerda por não conseguir bater a bola com a perna direita. A única coisa que incomodava era a questão de pontapés de baliza, mas eu consegui jogar porque sabia das minhas limitações e a Imprensa Belga começou a dizer que não era muito comum um guarda-redes conseguir bater os pontapés de baliza com qualquer um dos pés.”
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