Vagner Silva chegou a Portugal em 2010 para representar o Estoril, após passagens por Estoril Praia, Desportivo Brasil e Ituano. Conquistou a Segunda Liga em 2011/2012 com o clube Canarinho e recebeu o prémio de Melhor Guarda-Redes nessa mesma temporada. Participou na primeira campanha do clube em competições Europeias e foi capitão ao longo de várias temporadas, sendo ainda também o Atleta do Ano em 2014.
Contudo, a sua saída da equipa que defendeu por mais de 100 vezes em seis temporadas foi conturbada e revela agora a história dos acontecimentos a O Mundo dos Guarda-Redes.
O fim de ciclo do Vagner no Estoril foi pouco claro. Surgiu alguma proposta de renovação antes do fim da temporada?
“Não, não fui abordado pela direção para uma renovação ou para nada disso por causa de tudo que se tinha passado no começo da época, de uma possível transferência e tudo o que se movimentou.”
Refere-se aos rumores do verão de 2014? Falou-se na transferência para o Sporting CP.
“A única coisa clara que me chegou, e não chegou até ao Estoril – daí ter sido a maior confusão de todas -, foi uma proposta do Granada enquanto que essa suposta proposta do Sporting CP era só conversa e dependia da saída de Rui Patrício ou de Marcelo Boeck, coisa que não chegou a acontecer e que, no fundo, era o meu desejo: representar um clube grande em Portugal. Sempre deixei isso bem claro, que queria dar o salto.
Quando fala em confusão, refere-se precisamente a quê?
“Bem, foi uma confusão em que, para falar bem a verdade, colocaram-me numa posição de vilão da história, porque supostamente queria forçar uma saída, quando na verdade fui o maior prejudicado de tudo isto. Porque o que aconteceu foi um conflito de interesses e não quero dizer o nome das pessoas que me trouxeram isso, mas a verdade é que fui mesmo o maior prejudicado e talvez por causa dessas situações e por eu ter também um temperamento profissional e por saber muitas coisas que ao longo dos anos aconteciam nos bastidores, acabou mesmo por ser o fim e não o desfecho que eu desejava. Aconteceram muitas outras coisas também. Coisa que ficam lá dentro, no balneário, mas fico triste por um simples motivo: de não ter feito o jogo de despedida.
O jogo de despedida seria no campeonato, certo? Acabou por não ser convocado para o último jogo, contra o Boavista.
“Ao menos a despedida… acho que merecia isso e digo aqui para O Mundo dos Guarda-Redes que fui proibido de participar nesse encontro. Fui proibido pela direção do Estoril de jogar [esse jogo de despedida]. Não pelo Fabiano Soares, um grande treinador e grande pessoa que chegou até mim e falou que queria fazer esse momento de despedida, porque eu merecia, pelo menos isso, e proibiram-me de fazer o último jogo em casa, contra o Boavista.
Já era suplente há algumas jornadas, nesse fim de temporada (2014/2015).
“Sim, a partir daí foi falado na comunicação social que eu estava lesionado… coisas do Futebol.”
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