Willy Caballero tornou-se no herói do Manchester City FC ao defender três grandes penalidades na final da Carling Cup frente ao Liverpool FC no domingo, naquela que é uma das suas especialidades, e O Mundo dos Guarda-Redes recorda um método utilizado pelo guardião Argentino para aprimorar esta qualidade.
Em 2014, o jornal Marca revelou que o então guarda-redes do Málaga CF usufruía de um software que juntava mais de 800 cobranças de grandes penalidades de dezasseis campeonatos de Futebol o que levava Willy Caballero estudar até os gestos dos executantes.
A revelação da utilização do programa ProCloud 11 foi dada a conhecer pelo jornalista Jesús Ballesteros após o penalti detido por Willy Caballero na vitória do Málaga CF na deslocação ao Granada CF (2-0) na temporada de 2013/2014. Este, referiu que “tinha estudado para onde ia ser batido o penalti.”
O software de gestão de dados desenvolvido, então na La Liga pelo ProCloud 11, estava a cargo de Álbaro Reina e Adrián Espárraga e o guarda-redes Argentino dedicou-se a estudar os movimentos dos seus oponentes jornada após jornada, analisando os movimentos corporais dos batedores e para onde estes normalmente desferiam os remates. Até abril de 2014, Willy Caballero tinha acertado quase todas as trajetórias dos quinze penaltis que enfrentou e defendeu dois remates dos onze metros, enquanto três investidas foram para fora da baliza e outras foram golo.
No domingo foi a estrela da conquista dos Citizens e no final falou à Imprensa após conquistar o seu primeiro título de sempre: “Tentei ver todos os penaltis ontem à noite [no sábado] mas a minha intuição ajudou-me e deus ajudou-me também. Sou abençoado por ter este treinador [Manuel Pellegrini] que me deu esta oportunidade para jogar esta final.”
A descoberta foi reavivada pelo nosso historiador e investigador desportivo António Valente Cardoso, autor do livro Globall, A Globalização e os Mundiais de Futebol.
