Passaram 365 dias desde que Portugal se tornou campeão da Europa. Um ano do “pontapé de Éder”… correção: um ano que Rui Patrício possibilitou o pontapé de Éder, ao fim de 109 minutos do nulo entre Portugal e França na final nesse dez de julho de 2016.
Dois anos após o Mundial’2014 em que o guarda-redes Português atuou apenas na derrota por 4-0 frente à Alemanha, este fazia-se herói. Comparado a Gianluigi Buffon pelo lendário Dino Zoff após o final da competição em que fez 21 defesas, Rui Patrício estabeleceu novos parâmetros no Futebol Português com prestações notáveis.
Sem demoras, deu a entender o seu momento de forma frente à Islândia – interveio com decisão para impedir a derrota (1-1), naquele que foi o seu centésimo jogo pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF). Fecharia a baliza frente à Áustria (0-0), com duas defesas preponderantes e frente à Húngria (3-3), voltou a passar segurança apesar da quantidade de golos sofridos. Após trancar as intenções da Croácia (0-0), nos quartos-de-final celebraria a 50ª internacionalização pela categoria A com um penalti defendido na decisão frente à Polónia – depois de 120 minutos, novamente, em grande -, e seria também fulcral para a vitória por 2-0 frente a País de Gales, travando um duelo aceso na resposta aos remates de Gareth Bale.
Na final, escreveu história com as luvas para ser eleito o Melhor Guarda-Redes do Euro’2016 e dar o título a Portugal frente à anfitriã França (1-0), que viu Éder ser mitificado pelo pontapé que jamais será esquecido na história nacional. As defesas frente aos Gauleses fizeram de Rui Patrício uma lenda do Futebol Português e viraram estátua em Leiria, de onde é natural.
