A carreira de Carlos Marafona conheceu mais um episódio de um trajeto em crescendo há já cinco temporadas.
Das escolas de formação do Varzim SC, o guarda-redes Vilacondense assumiu a titularidade dos Lobos do Mar depois das saídas de Bruno Conceição e Bruno Vale em 2008/2009 e na época seguinte consolidou-se na Segunda Liga, captando a atenção do CS Marítimo, que o contratou em 2010.
Na Madeira não seria feliz e foi emprestado ao CD Aves, onde reconstruiu as suas capacidades pelo dedo de Paulo Fonseca e António Ferreira e voltou a ser o Carlos Marafona que Rui Barbosa (hoje treinador de guarda-redes do Rio Ave FC) tinha desenvolvido. Foram duas temporadas de empréstimo que captaram a atenção do Moreirense FC de Vítor Oliveira que, após um imbróglio, assegurou a sua contratação no verão de 2013, para ser solução numa baliza capitaneada por Carlos Fernandes.
Quando parecia ser segunda opção, Carlos Marafona saltou para a titularidade à jornada dezassete da Segunda Liga 2013/2014 após a saída do internacional Angolano e partiu para um desempenho individual de grande nível sob a tutela de Tó Ferreira e terminou a temporada como o guarda-redes com mais penaltis defendidos, com quatro paradas que contribuíram para a conquista do campeonato.
Subiu à Primeira Liga com o clube de Moreira de Cónegos e foi mais uma vez protagonista, desta vez com Silvino Morais, num trabalho que o levou à seleção de Portugal em 2015. Fecharia a temporada com 34 jogos disputados, 42 golos sofridos e dez balizas virgens.
No verão a sua carreira conheceria mais uma mudança, desta feita para o FC Paços de Ferreira, onde reencontrou António Ferreira e assinou várias exibições de qualidade – para a memória as atuações frente a Sporting CP (1-1), Boavista FC (vitória por 1-0), SL Benfica (derrota por 3-0), CS Marítimo (vitória por 2-0) ou FC Porto (derrota por 2-1) -, num total de dezanove encontros para a Liga, que significaram seis partidas sem sofrer e 22 golos sofridos, até rubricar contrato com o SC Braga, que pagou 400 mil Euros aos Castores pelos serviços do guardião canhoto.
Assim, com a casa às costas, Carlos Marafona sobe, passo a passo, no Futebol Português e ambiciona a convocação para o Euro’2016, com Fernando Santos atento… desde 2014.
[Imagem @V. Matos]