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Hope Solo: “Fui despedida. Achavam que podiam silenciar-me, mas tenho falado cada vez mais alto”

Hope Solo: “Fui despedida. Achavam que podiam silenciar-me, mas tenho falado cada vez mais alto”

7 Novembro, 2017
Atualidade

Hope Solo: “Fui despedida. Achavam que podiam silenciar-me, mas tenho falado cada vez mais alto”

Em agosto de 2016, depois dos Jogos Olímpicos, o contrato de Hope Solo como jogadora da seleção dos Estados Unidos foi terminado por “conduta inapropriada”, devido a comentários sobre as táticas defensivas da Suécia, na partida que ditou o afastamento das Norte-Americanas nos quartos-de-final da prova. Nesta terça-feira, no Web Summit, falou sobre a igualdade de géneros no Futebol e sobre as tentativas de silenciarem a sua voz:

“Nas minhas redes sociais, aparecem comentários do género, ‘volta para a cozinha’, como se isto ainda fosse o século XIX. É o nosso dever usar o nosso poder para mudar as coisas. Perdi o meu seguro, fui despedida, antes de eu o saber disseram aos media. Não fui suspensa, fui despedida. Enquanto a federação [Norte-Americana] for a mesma, eu é que não quero [regressar à seleção]. Achavam que podiam silenciar-me, mas tenho falado cada vez mais alto pelos direitos das mulheres. Sei que temos de lutar pelos nossos direitos. Se desafiares o status quo chamam-te nomes. Mas sou apaixonada por estes assuntos. Sejam rebeldes. Se não forem, ninguém desafia ninguém, e fica tudo na mesma”, afirmou a guarda-redes de 36 anos, que ainda revelou outros dados sobre o número 1 das balizas da seleção masculina do país: “Em 2014, ele [Tim Howard] fez oito jogos e recebeu mais dez por cento do que eu, que fiz 23 e ganhei o Mundial. Em 2015, a seleção masculina deu um prejuízo de dois milhões, enquanto as mulheres deram um lucro de 20 milhões”, concluiu.